Logística de medicamentos: como funciona e quais cuidados tomar?
A logística de medicamentos é repleta de particularidades devido à sensibilidade dos produtos transportados — que podem requerer diferentes tipos de temperatura e umidade, além de serem sensíveis à iluminação. Por tudo isso, esse assunto é tão importante e requer muito conhecimento por parte de quem participa desse processo logístico.
Neste post, selecionamos informações interessantes sobre o que é a logística de medicamentos, como ela funciona, o que regulamenta a Agência Nacional de Medicamentos (Anvisa) e o Conselho Federal de Farmácia (CFF), quais os cuidados que devem ser tomados, e, por fim, a importância de fazer parcerias com empresas especializadas na área. Confira!
O que é a logística de medicamentos?
A logística relacionada a insumos, medicamentos de todas as classes, em especial os termolábeis, considera aspectos que vão muito além do transporte. Isso acontece porque é preciso abranger diversos processos para garantir a eficiência de toda a cadeia, desde a armazenagem até a distribuição no destino final.
É importante salientar que o órgão responsável por regulamentar e garantir os padrões de qualidade nesse tipo de logística é a Anvisa, que o faz junto ao Ministério da Saúde.
O que a Anvisa e o CFF dizem sobre a logística de medicamentos?
Os marcos regulatórios da Agência Nacional de Vigilância Sanitária, conhecidos como RDC, têm como objetivo atribuir responsabilidades a empresas e profissionais, garantindo as boas práticas de armazenamento, transporte e distribuição desses produtos, além de assegurar a integridade e a rastreabilidade deles até o destino final.
As principais legislações sobre o assunto são dadas pela Anvisa pela Portaria 1.052/98 e pela Resolução nº 329/99. A primeira trata das obrigatoriedades para requerer a autorização de funcionamento para transportar medicamentos. Ela especifica o pagamento de taxas, a apresentação dos documentos da companhia etc. Para transportar substâncias controladas, é necessário obter uma autorização especial.
A segunda apresenta o roteiro de inspeção para transportadoras de medicamentos, drogas e insumos farmacêuticos. Esse é um documento que tem como objetivo assegurar que a rotina de avaliação e a inspeção sejam completas. O uso desse roteiro colabora para que tudo ocorra de acordo com as boas práticas.
O Conselho Federal de Farmácia (CFF) criou a Resolução 433/2005 para especificar a atuação do profissional farmacêutico nesse tipo de estabelecimento. Em 2020, a Anvisa aprovou a RDC 430/2020. Na norma, o termo temperatura é citado 22 vezes, mostrando a vital importância desse aspecto.
A primeira vez em que o termo aparece é no Art. 3º VI, que define a necessidade da existência de uma cadeia ou rede de frio — um processo que reúne atividades de armazenagem, conservação, manuseio, distribuição e transporte dos produtos sensíveis à temperatura.
Outro ponto importante é a geração de documentos pelas distribuidoras, que mapeiam a temperatura e a umidade. Esses documentos determinarão as medidas de controle que serão aplicadas aos sistemas de transporte.
Quais cuidados devem ser tomados com a logística de produtos sensíveis?
É preciso saber como funciona a logística de medicamentos e afins, conhecendo todos os cuidados com esse tipo de carga. Aliás, dizemos produtos sensíveis justamente pelas características que podem requerer, como faixas de temperaturas diferentes para cada tipo de insumo e princípio ativo, entre outras particularidades. Acompanhe!
MANTER A TEMPERATURA ADEQUADA
Todo medicamento deve ser armazenado e transportado conforme as disposições legais, assegurando que a faixa de temperatura determinada pelo laboratório fabricante seja respeitada, uma vez que os ativos dos medicamentos podem ser modificados se expostos à condições inadequadas.
Para facilitar essa tarefa, existem aparatos no mercados equipados com tecnologia IoT (internet das coisas) que oferecem aos operadores logísticos a visibilidade do comportamento térmico dos produtos transportados em tempo real, o que permite a rápida tomada de ações corretivas evitando desperdícios.
PREZAR PELA SEGURANÇA DURANTE O TRANSPORTE
No transporte de medicamentos, é imprescindível contar com um sistema de segurança envolvendo rastreabilidade e monitoramento, preferencialmente em tempo real — e que deve ser realizado a partir da saída dos laboratórios, centros de distribuição até a chegada ao destino final (ponta-a-ponta).
Nessa fase, é essencial escolher a melhor rota, que deve ser a mais eficiente possível devido às características sensíveis desses produtos. É crucial fazer uma pesquisa com relação ao melhor percurso para otimizar o tempo e minimizar as chances de acidentes e excursões de temperatura.
CONTAR COM UM PROFISSIONAL FARMACÊUTICO
Para o manuseio de medicamentos, insumos farmacêuticos e produtos afins, é essencial e obrigatória a presença do farmacêutico. Esse é o profissional capacitado para essa tarefa, conduzindo diversas situações como:
- Aprovar ou cancelar o transporte de vários produtos com características semelhantes no mesmo veículo;
- Criar rotinas para higienizar os veículos de transporte e controlar as condições ambientais;
- Treinar para capacitar todos os funcionários envolvidos nas diversas etapas;
- Certificar-se que os itens são registrados e oriundos de empresas autorizadas;
- Fazer com que se cumpra a legislação sanitária, entre outras questões.
Neste artigo, você viu tudo o que é importante saber sobre logística de medicamentos, como a forma que a Anvisa trata o assunto e quais cuidados devem ser tomados no armazenamento, no transporte e na distribuição desses produtos para atingir a excelência nesse tipo de logística.
Agora que você já sabe algumas formas de realizar a logística de produtos sensíveis, que tal entender como os nossos produtos podem auxiliá-lo nesse processo!? Entre em contato com um de nossos especialistas, será um prazer te ajudar!